A filosofia existencial como uma nova direção surgiu no século XX. Karl Jaspers, Rollo May, Jean-Paul Sartre tornaram-se seus ideólogos.
Esta direção negava filosofiaracionalismo e argumentou que a existência humana é irracional. Seus representantes acreditavam que uma pessoa pode realizar sua unidade com o mundo, ou existência, em certa “situação limítrofe”, por exemplo, com uma ameaça mortal. Essa experiência é valiosa, pois permite que uma pessoa passe para um nível diferente de consciência de ser.
Do existencialismo nasceu um novoescola psicológica com enfoque humanístico. Graças a essa orientação da psicologia, generalizou-se o conceito de crise existencial, que surge no momento em que a pessoa pensa pela primeira vez sobre por que existe neste mundo.
A psicologia existencial vê uma pessoa comocriatura aleatória no mundo material. Percebendo isso latentemente, qualquer um de nós começa a se perguntar qual é o seu lugar aqui, qual é o seu propósito, se ele é capaz de enfrentar as provações preparadas para ele.
Uma crise existencial pode surgir emadolescência, no momento de amadurecimento da personalidade, bem como na vida adulta, quando a pessoa avalia sua vida vivida. Pode ser uma experiência emocional dolorosa, especialmente se não houver maneira de encontrar respostas para perguntas torturantes.
Existem várias maneiras de superar uma crise existencial. A maioria das pessoas decide que não vale a pena fazer tais perguntas, uma vez que vários assuntos requerem atenção e participação.
Alguns encontram uma saída, percebendo que só o momento presente importa, e é importante vivê-lo plenamente, para que mais tarde, ao aproximar-se da morte, não se arrependam dos momentos perdidos.
De uma forma ou de outra, mas uma crise existencial é sempretem um total de seleção. Uma pessoa decide seguir uma determinada direção e encontra apoio para sua vida futura. Como resultado, ele adquire uma harmonia interna relativa até o próximo momento de repensar valores.
Parte integrante da crise ésolidão existencial. Viver também pode ser doloroso. Um dia, uma pessoa compreende que está sozinha diante da morte. Mais cedo ou mais tarde, ele cairá no esquecimento completamente sozinho, deixando neste mundo todos os apegos e bens materiais.
Esta experiência motiva a pessoafaça perguntas sobre a essência do universo. Existe em algum lugar um criador deste mundo ou tudo o que nos acontece é um acidente, e nossas vidas são semelhantes à existência de microorganismos em comparação com a grandeza do Universo?
A solidão existencial pode ser agudasentida após uma perda durante um período de luto ou após um trauma psicológico grave. Além disso, pensamentos semelhantes surgem em uma pessoa que está à beira da morte. O sentimento de solidão pode ser tão intenso que a pessoa o expulsa. E então, para superar com sucesso um estado difícil, muitas vezes depressivo, ele precisa aprender a ter consciência e aceitar sua solidão.
A verdadeira libertação só é possível sese uma pessoa pode superar o quadro de sua personalidade e começar a se abrir para as pessoas, esforce-se por elas e seja sincero na manifestação de seus sentimentos. É assim que a crise existencial pode ser superada com sucesso.
Um dos méritos indiscutíveis da psicologiaexistencialismo é o fato de que os representantes dessa tendência viam o homem como um ser em desenvolvimento, lutando para superar a estrutura usual do ser e as fronteiras do indivíduo. Isso ampliou a compreensão da pessoa, possibilitou novas abordagens em psicoterapia, que se tornaram mais bem-sucedidas no enfrentamento de estados depressivos e na experiência de separação da pessoa do mundo inerente à cultura ocidental. Uma pessoa é vista como o senhor de sua vida, responsável por si mesma, lutando para se tornar ela mesma.
Um dos conceitos mais importantes do existencialismoé o medo existencial. Não é um medo que leva uma pessoa a criar restrições artificiais. Ao contrário, a experiência do medo abala a pessoa até os alicerces, revelando-lhe verdades até então desconhecidas.
É necessário porque é capaz de libertar a pessoa de uma existência medida e irrefletida, dos problemas cotidianos. Uma crise existencial costuma ser acompanhada pela experiência desse medo.
O medo pode vir de repente, e no início uma pessoanão está ciente de sua causa. Mas, gradualmente, olhando para si mesmo, ele começa a pensar sobre o significado do que está acontecendo com ele e percebe que a maioria dos valores e diretrizes de sua vida estão errados. Isso leva a outra mudança de perspectiva e, por consequência, ao surgimento de um novo rumo de vida e à superação da crise.